terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Quer ter uma menina?

Você faria de tudo para ter uma filha? Pois segundo a consultoria holandesa Gender Consult, especializada em métodos naturais para seleção do sexo, engravidar de uma menininha pode ser mais fácil do que se imagina. De acordo com pesquisa realizada pela empresa em parceria com as universidades Delft e Maastricht, na Holanda, adotar uma dieta rica em cálcio e magnésio e ter relações sexuais dias antes do pico ovulatório aumentam para 81% as chances de o embrião ser do sexo feminino.

Publicado no Reproductive BioMedicine Online, o estudo pediu que as mulheres ingerissem alimentos como frutas, legumes e arroz, além de tomar suplementos de cálcio e magnésio, durante nove semanas antes da concepção. As participantes também evitaram alimentos com níveis altos de potássio (batatas, por exemplo), um mineral que possivelmente aumenta as chances de conceber meninos.

Os casais foram orientados a manter relações sexuais três ou quatro dias antes da ovulação. O objetivo era favorecer os espermatozóides com cromossomos femininos, que demoram mais tempo para atingir o óvulo do que os espermatozóides com cromossomos masculinos. O resultado: das 32 mulheres que seguiram o programa completo, 26 tiveram meninas.

Entretanto, a bióloga da Gender Consult Annet Noorlander acredita que a dieta tem mais influência no sexo do bebê do que o período da concepção. A explicação seria a quantidade e os tipos de minerais (que mudam de acordo com a alimentação) presentes na corrente sanguínea da mulher. “Se as pessoas fizerem tudo o que sugerimos, suas chances de ter uma menina aumentam muito. O método é experimental, mas conseguimos provar que funciona”, disse Annet ao jornal inglês The Telegraph.
Fonte: Revista Crescer

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Tome o café como um rei, almoce como um príncipe e jante como um mendigo. Isso é saudável?



"O almoço não deve ser considerado a mais importante refeição do dia. As pessoas devem consentir e compreender que as refeições principais diárias são complementos umas das outras. O almoço serve como um reforço para garantir a energia e a disposição até o período da noite"

Em algum momento da vida, quase todos já ouviram o famoso ditado que diz: tome o café como um rei, almoce como um príncipe e jante como um mendigo. O fato é que, independente da metáfora, a afirmação é verdadeira.

Por que esse ditado é verdadeiro?

A verdadeira razão dessa afirmativa consiste no fato de que, durante a manhã, nosso corpo necessita de muita energia para funcionar bem durante todo o dia e, por isso é aconselhável um café reforçado. Muitas pessoas preferem não se alimentar no período da manhã, pois pensam que isso será saudável, pois irão comer bem no almoço.

De fato, o almoço não deve ser considerado a mais importante refeição do dia. As pessoas devem consentir e compreender que as refeições principais diárias são complementos umas das outras. O almoço serve como um reforço para garantir a energia e a disposição até o período da noite.

Já à noite, o recomendável é comer algo mais leve, pois durante o sono, o nosso corpo se concentra em repor as energias que gastamos durante o dia, assim, o nosso metabolismo fica mais lento. Quando comemos muito antes de dormir, nosso corpo não tem forças para digerir tudo adequadamente e acaba acumulando mais gordura do que em outro momento do dia.

Ainda assim, as três refeições são muito importantes, mas, para quem procura emagrecer, o correto é manter uma alimentação com seis refeições para que, assim, a pessoa não coma tudo de uma só vez. O correto é alimentar-se também entre as refeições. Dessa forma as pessoas comem menos e distribuem melhor as energias dos alimentos digeridos durante o dia inteiro.

Fonte: Doutor Maximo Asinelli (CRM-Pr 13037) Médico Nutrólogo

Mães que trabalham são mais saudáveis



Mulheres que são mães e que têm uma vida profissional são mais saudáveis do que mães que não trabalham. De acordo com um novo estudo, mães com empregos têm menos chances de terem depressão e apresentam melhor saúde, de uma forma geral, quando comparadas a mães que ficam em casa.

De acordo com os pesquisadores, os danos à saúde das mulheres que ficam em casa com seus filhos podem ocorrer porque elas são mais socialmente isoladas, o que aumenta os riscos de depressão. Essas mulheres podem também sofrer mais estresse, por passarem muito tempo em casa com as crianças. As diferenças entre a saúde desses dois estilos de maternidade são significativas apenas para mulheres que têm filhos pequenos. Quando eles passam a frequentar a escola, a saúde das mães que ficam em casa se iguala à das mães trabalhadoras, já que quando os filhos começam a ir às aulas as mulheres se estressam menos.

Boa Saúde

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Colocar travesseiro em berço pode ser perigoso, dizem pediatras


Pais de bebês de menos de 1 ano não devem deixar protetores, almofadas e travesseiros nos berços. A recomendação da Academia Americana de Pediatria (AAP), consta da atualização das diretrizes de segurança do sono para crianças nessa faixa etária e tem o objetivo de reduzir o risco de morte por sufocamento. Nas mesmas diretrizes, a AAP recomenda a vacinação e a amamentação para diminuir o risco de morte súbita infantil. Segundo estudos, essas duas ações reduzem pela metade a possibilidade de esse tipo de morte ocorrer.

"É difícil saber quando um bebê foi vítima de morte súbita verdadeira ou de sufocamento. Portanto, quando se trata de segurança do sono, temos de combater os fatores de risco para ambos", diz o pediatra Michael Goodstein, membro da força-tarefa que elaborou as diretrizes.

Também continuam valendo as orientações anteriores, como colocar o bebê para dormir de barriga para cima. Desde que essa norma passou a ser a regra nos Estados Unidos, em 1992, os casos de morte súbita caíram 53%. No Brasil, o assunto só passou a ser discutido em 2009, quando a Pastoral da Criança lançou uma campanha mostrando fotos de bebês vestindo uma roupa com os dizeres "este lado para cima". Na época, houve polêmica entre os pediatras, que tinham medo de que a criança engasgasse caso tivesse refluxo. O hábito, por aqui, era colocar os bebês para dormir de lado, conta Magda Nunes, coordenadora do núcleo permanente de Estudos do Sono da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). As informações são do Jornal da Tarde.

Fonte : Uol

Falta de riso e otimismo podem indicar problemas de saúde


GARDÊNIA CAVALCANTI
Nestes tempos sombrios de incerteza, a capacidade de dar uma boa risada - especialmente às suas próprias custas - pode ser essencial para a sobrevivência. Mas as pessoas são realmente capazes de ter um senso de humor sobre si mesmo?
Apesar de estudar o sentimento de humor possa parecer um exercício trivial, tem implicações importantes: riso e otimismo estão ligados a uma melhor saúde. E aceitar certos tipos de piadas requer habilidades sociais importantes que podem ser prejudicadas em condições como autismo e esquizofrenia. Compreender a mecânica do humor pode lançar luz sobre o que há de errado com você. E, às vezes, precisamos de um lembrete para levar tudo - inclusive nós mesmos - menos a sério.
No primeiro estudo desse tipo, Ursula Beermann, da Universidade da Califórnia, e Ruch Willibald, da Universidade de Zurique, estudaram 70 estudantes de psicologia para avaliar sua capacidade de rir de si mesmo. Apoiada nos resultados da pesquisa, pôde ser concluído que, ser capaz de rir de si mesmo não é apenas uma característica distinta, mas também está ligado a ter uma personalidade otimista e pode ser a base para o senso de humor.
Participantes do estudo foram solicitados a classificar a sua capacidade de ver o humor em situações próprias. Eles também designaram um ou dois amigos para avaliá-los sobre a mesma característica.
Enquanto os alunos foram preenchendo questionários em um computador, uma câmera fotografava seus rostos repetidamente. As fotos foram então alteradas para fazê-las parecer distorcida, tornando-as engraçadas.
Depois, os participantes do estudo foram solicitados a classificar fotos distorcidas de pessoas que não conheciam. Seus próprios rostos modificados foram aleatoriamente inseridos em sequência - e é aí que o experimento realmente começou. Os participantes foram filmados enquanto as próprias fotos lhe eram mostradas para ver se eles riram ou esboçavam um sorriso de si mesmo. Os vídeos foram analisados usando um sistema de classificação de expressão emocional, para ver se expressão dos participantes era realmente de humor ou se apenas estavam fingindo que acharam engraçado.
Oitenta por cento dos participantes realmente sorriu ou riu pelo menos uma vez ao ver sua própria imagem. No entanto, aqueles que afirmaram ter a capacidade de rir de si mesmo riram mais vezes e mais intensamente do que os outros.
O estudo constatou que a capacidade das pessoas de rir de si não teve qualquer influência sobre o quanto elas riram em resposta às imagens distorcidas dos outros - que sugere que o fenômeno é uma característica distinta, relacionada com o seu humor e personalidade, em vez de a tendência de simplesmente encontrar imagens engraçadas. A descoberta também reforça a ligação entre o humor e a humildade.
Participantes que foram capazes de rir de si mesmos também tendiam a ser mais alegre em geral, e estavam em melhor estado de espírito no dia do experimento, constatou o estudo.

Fonte: www.saude.terra.com.br

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Estudo: muito bolo e biscoito pode aumentar pelos no corpo


MICHELLE ACHKAR
Pesquisa realizada pela multinacional de pesquisa de mercado Mintel mostra que excessos de pelos no corpo é motivo de insatisfação com a aparência física, logo atrás das questões que envolvem excesso de peso.
Pois para quem compartilha dos mesmos temores, é bom saber que além de questões genéticas, hábitos alimentares também podem influenciar a quantidade de fios no rosto e no corpo.
Pessoas do Sul da Ásia e Mediterrâneo são algumas das que normalmente possuem mais pelos corporais, mas o consumo excessivo de bolos e biscoitos, dieta pobre em certos nutrientes e até mesmo remédios de uso comum podem estar entre as causas. O jornal inglês Daily Mail listou algumas delas:
Bolos e biscoitos
Comer grandes quantidades de açúcar, carboidratos refinados, como bolos, bolachas e outras guloseimas, pode causar aumento de pelos corporais devido ao alto índice glicêmico dos itens que alteram a produção de insulina no corpo.
Como liberam grandes quantidades de açúcar rapidamente, o corpo precisa produzir insulina também de maneira rápida para normalizar esses excessos. Com o tempo, a insulina produzida torna-se ineficiente e o corpo precisa trabalhar ainda mais para dar conta do recado. Isso leva a outras consequências, como a maior produção de hormônios masculinos pelo corpo, como a testosterona, que pode gerar maior quantidade de pelos.
Ovários policísticos
É uma das causas mais comuns para excessos de pelos nas mulheres. Estima-se que entre 10% e 15% em todo o mundo sofram do problema que tem, entre os sintomas, grande produção de hormônios masculinos. Nesses casos, a concentração de pelos se dá em regiões como queixo, buço, peito e entre as coxas.
Eczema
Problemas de pele também podem estar associados ao aparecimento de maior quantidade de fios no corpo e rosto. Alguns deles são eczemas (infecções na pele) e psoríase. O motivo para isso é o aumento do fluxo sanguíneo em certas partes da pele, acelerando o crescimento dos pelos.
Testosterona em gel
Alguns homens usam hormônios masculinos, como a testosterona em forma de gel, a fim de aumentar seus índices no corpo. Pois essa substância pode ser absorvida pelas mulheres por meio do contato corporal. Pode estar aí a causa para o aumento de pelos. Se uma mulher usar produtos semelhantes para tratamentos como da perda de libido também pode experimentar mudanças nas quantidades de fios. O problema pode ainda acontecer devido ao uso de produtos para impedir a queda de cabelos em homens e mulheres.
Anorexia
É sabido que pessoas que sofrem do problema desenvolvem penugem no corpo, apesar de que as causas são desconhecidas dos médicos.
Esteroides
Remédios prescritos para tratamento de doenças como asma, artrite e outras inflamações normalmente contêm corticoides, uma versão sintética do hormônio cortisol que, se consumidos em longos períodos, como entre quatro e seis meses, podem causar aumento de peso e também crescimento exagerado de pelos no corpo. Isso é conhecido como Síndrome de Cushing.
Menopausa
A redução nos níveis de hormônios femininos durante o período conhecido como menopausa fazem com que os masculinos passem a ser dominantes no corpo da mulher. Aumento de pelos faciais e de acne são comuns nesse cenário. Queixos e buço são as regiões mais propícias para aparecimento de mais fios.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O Calcio- Conheça os alimentos mais indicados para evitar a osteoporose

Bruno Folli

Os ossos levam quase 30 anos para alcançarem o auge de sua densidade e cerca de 10 anos depois começam a enfraquecer. Se eles enfraquecerem demais, tornam-se muito porosos e quebradiços.

Em linhas gerais, essa é a lógica da osteoporose. A doença está associada ao processo de envelhecimento. Todo mundo perde óssea a partir de uma certa idade e, para evitar que a osteoporose, é preciso ter dois tipos básicos de cuidados preventivos.

Primeiro, acumule o máximo de massa óssea antes dos 30 anos. Segundo, evite hábitos que acelerem a perda de massa óssea. Nos dois casos, a alimentação exerce papel fundamental.

“A osteoporose é resultado de um balanço entre ganho e perda de massa óssea no decorrer da vida”, resume Rubem Lederman, membro da Fundação Internacional de Osteoporose e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Osteoporose (Sobrao).

Se a doença se instala, não há cura. Apenas tratamento para retardar seu avanço e impedir consequências graves. Como os ossos passam a ser mais porosos, até traumas leves podem causar fraturas. Uma queda corriqueira pode quebrar um fêmur ou a bacia.

O problema afeta 30% dos idosos brasileiros e, nesta idade, a recuperação é mais lenta. São semanas em repouso, com a necessidade de cuidados especiais. “Há risco do isolamento favorecer quadros de depressão ou de doenças cognitivas, como Mal de Alzheimer”, alerta Cristiano Zerbini, presidente da Sobrao.

As quedas podem até matar por complicações no tratamento das fraturas. O organismo dos idosos é mais vulnerável, pode sofrer infecções.

No Brasil, a osteoporose atinge sete vezes mais mulheres do que homens (7,1% delas contra 1,8% deles). E pode surgir antes dos 40 anos por conta de dietas muito restritivas ou pela menopausa precoce. A queda na produção de estrógeno acelera em até seis vezes a perda de massa óssea.

Dose certa

A ingestão adequada de cálcio varia de acordo com a idade:

- Infância: 800 mg a 1200 mg;

- Adolescência: 1200 mg a 1500 mg,

- Vida adulta: 1000 mg;

- Acima de 50 anos: 1000 mg a 1500 mg.

A principal fonte é o leite. Desnatado ou integral, ele fornece 1 mg de cálcio para cada 1 ml da bebida. Na prática, significa que precisamos de 1 litro por dia, na vida adulta.

Mas nem todo mundo gosta de leite. Nem todo mundo é tolerante à lactose. “Adolescentes evitam o leite porque remete à infância. Idosos reclamam porque pode causar desconforto estomacal”, aponta Lígia Araújo, professora do departamento de nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Outros alimentos

Não gosta de leite? Tudo bem. Existem peixes ricos em cálcio. A sardinha é a melhor opção, ela oferece metade da necessidade diária de cálcio em apenas quatro unidades (100 g). O badejo tem metade do cálcio da sardinha, mas também é um dos peixes mais ricos na substância.

Feijão rosinha também ajuda. Uma concha e meia (160 g) oferece 10% do cálcio, o mesmo encontrado em duas unidades de laranja lima ou em uma colher e meia de requeijão.

Bebidas à base de soja, em média, oferecem 40 mg de cálcio por copo. A dose pode até dobrar em marcas enriquecidas na substância.

Entre as saladas, a de alfafa é a mais proveitosa, com mais de 500 mg de cálcio por 100 g do alimento. Acelga e agrião também são ótimas opções, com metade do cálcio da alfafa.



Outro alimento rico em cálcio é a azeitona verde, embora seja bem calórica.

Iogurte

No mercado de iogurtes, um novo produto despertou interesse de duas entidades médicas, o Densia, da Danone. Ele deve chegar ao País dia 16 e oferece 50% da necessidade diária de cálcio por pote (100 g).

O produto vem com os selos da Sociedade Brasileira de Osteoporose e da Sociedade Brasileira de Densiometria Clínica.

Os fabricantes explicam que o iogurte tem pouca lactose para evitar desconfortos estomacais em idosos e também é enriquecido em vitamina D. Contudo, os médicos ainda recomendam pelo menos 20 minutos de exposição solar, com uso de filtro e nos horário de menor intensidade, para metabolização da vitamina D. Ela tem papel fundamental na absorção do cálcio
Fonte: IG São Paulo

Alergias - 20% da população sofre de alguma forma de alergia

O que é alergia?

A Alergia consiste em reações exageradas que o organismo sofre quando entra em contato com determinadas substâncias (alérgenos), mesmo que em quantidades pequenas. Cerca de 20% da população sofre de alguma forma de Alergia. As formas alérgicas mais comuns são a asma (bronquite alérgica ou bronquite asmática), a rinite alérgica e as alergias cutâneas.

Alergia é uma doença?

Trata-se mais de uma característica individual do que propriamente de uma doença. O indivíduo alérgico é aquele que reage de forma exacerbada a determinado estímulo, considerado normal para outro indivíduo não alérgico. Digamos que os indivíduos alérgicos possuem um limiar de tolerância inferior a certos estímulos.

Como ficamos alérgicos?

A Alergia não aparece da noite para o dia. Cada vez que nosso organismo tem contato com uma substância estranha (antígeno), ele produz uma substância chamada de anticorpo. Esse anticorpo liga-se a determinadas células do nosso organismo e faz com que essas liberem substâncias responsáveis pelos sintomas clínicos das reações alérgicas.

O que é alérgeno?

O Alérgeno é o termo usado para a substância que causa reação alérgica. Alguns estão no ar, como o pólen ou os fungos; outros são encontrados em alimentos, por exemplo, no leite, nos frutos do mar ou nos ovos. Alguns insetos têm alérgenos em seu veneno, assim como certas plantas que também possuem substâncias alergênicas. No ambiente doméstico, os alérgenos encontrados mais frequentemente são os tão conhecidos ácaros.

Existe uma predisposição para a alergia?

Sabemos que crianças de pais alérgicos têm maior probabilidade de serem alérgicas. Crianças que possuem um de seus pais alérgicos têm 20 a 30% de chances de serem alérgicas, enquanto fi lhos de ambos os pais alérgicos já têm uma probabilidade de 60%. Por outro lado, a Alergia pode se desenvolver em qualquer fase da vida e até mesmo em pessoas sem histórico familiar; basta, para isso, que a exposição desse indivíduo a determinado alérgeno ultrapasse o seu limiar de tolerância.

Quais são os diferentes tipos de Alergias ?

Quando a reação alérgica ocorre no sistema respiratório, podemos ter desde uma rinite alérgica até crises asmáticas de intensidades variáveis. Quando o órgão acometido é a pele, podemos ter desde pequenas manchas avermelhadas, como reações alérgicas a picadas de insetos, até reações urticariformes gigantes.

Como evitar as alergias?

Quando se conhece o responsável pela Alergia, por exemplo em uma alergia alimentar, basta evitar o alimento na dieta. Quando o agente está presente no ar, como a poeira ou os fungos, podemos tentar reduzir o seu contato por meio do que chamamos de controle ambiental. Esse consiste em cuidados diversos para diminuir o contato com os alérgenos no ambiente domiciliar, por exemplo com o uso de protetores plásticos de colchão e travesseiros, de pano úmido diariamente nos pisos da casa, a troca das cortinas por persianas, etc. É possível também diminuir aos poucos a sensibilidade do indivíduo ao(s) alérgeno(s) pela imunoterapia (vacinas específicas) realizada com supervisão médica.

É possível identificar os agentes responsáveis pelas Alergias?

Além dos testes clínicos de provocação oral (exclusão e reintrodução do alimento “suspeito” da dieta), existe hoje uma série de métodos para avaliação diagnóstica das Alergias, entre eles:

• Testes alérgicos que podem ser de leitura imediata (de 15 a 20 minutos), intradérmicos de provocação ou de contato (resultado em 72 horas);

• Exame de sangue (dosagem de IgE total e específica) - nesse teste são dosados anticorpos específicos contra uma grande variedade de alérgenos, como frutas, grãos, peixes e frutos do mar, proteínas de porco e vaca, ovos e laticínios, alérgenos inalantes, como pelos de animais, insetos, poeira e gramíneas, drogas, fungos e alérgenos ocupacionais.
Fonte: Delboni Auriemo

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Déficit de Atenção - Como identificar o problema e o tratamento indicado

O boletim da escola chega e as notas baixas predominam. A observação da professora é de que o estudante vive no mundo da lua.

Mais tarde, o adolescente deve ler os livros indicados para o vestibular. As obras literárias com centenas de páginas tornam-se martírio. O jovem simplesmente não consegue entender o conteúdo. Ao chegar à fase adulta, os compromissos são esquecidos e uma palestra torna-se difícil de ser acompanhada. Seja por ansiedade, estresse, falta de interesse na atividade ou preocupação, algumas vezes a capacidade de concentração fica enfraquecida.

Também pudera: concentrar-se é um processo complexo.

Para começar, a pessoa precisa sentir interesse pelo assunto, estar motivada e ter competência para compreender o tema. Ainda é preciso que o locutor tenha clareza e habilidade para transmitir a ideia. O ambiente também deve colaborar: nada pode desviar a atenção.

A complexidade está também nos caminhos percorridos no cérebro. Segundo o dr. Saul Cypel, neuropediatra do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) e autor do livro A Criança com Déficit de Atenção e Hiperatividade (Lemos Editorial), o sistema de atenção tem estruturas localizadas em diversas partes do cérebro como, por exemplo, as regiões occipitais e parietais perceptuais, nas quais são percebidas as informações visual e auditiva respectivamente, para depois serem assimiladas nas regiões frontais cerebrais. “É um mecanismo complexo, no qual existem redes de comunicação que funcionam por meio dos neurotransmissores e permitem que a informação transite”, resume.

Ao longo da vida

Várias causas atingem a concentração das crianças. Desde uma tendência genética, associada à educação que recebeu em casa; a falta de limites, estabelecimento de regras e disciplina, favorece a agitação do pequeno em querer desenvolver diversas atividades ao mesmo tempo. Os pais, algumas vezes, percebem que o filho sofre com o problema, frustrando as expectativas por não fazer determinada atividade da forma esperada.

Especialistas alertam que não se deve esperar que um bebê desenvolva tarefas adequadas às idades mais avançadas, como assistir a um filme. Uma boa forma para saber se realmente há dificuldade é fazer brincadeiras para a faixa etária e ver como a criança se comporta, respeitando as limitações próprias de cada um.

Normalmente, os pais notam com mais frequência a dificuldade de concentração quando a criança está em idade escolar. Não só pelas notas, mas também pelas atitudes em classe, relatadas pela professora. “Ela tem a mesma capacidade ou até mais do que uma criança sem a dificuldade. Entretanto, seu rendimento compromete essa capacidade. Ela não consegue acompanhar a seqüência de informações, sendo que uma depende da outra; isso resulta em uma série de lacunas no aprendizado”, explica o dr. Abram Topczewski, neuropediatra do HIAE e autor do livro Hiperatividade: Como lidar? (Casa do Psicólogo).

Como identificar

O mais indicado a fazer quando há suspeita desse problema é procurar um médico bem preparado. Um profissional que entenda a questão e tenha uma visão ampla do assunto: psiquiatra ou neuropediatra, por exemplo. “O tratamento não adequado pode prejudicar o desenvolvimento da criança”, explica o dr. Abram.

Os tratamentos podem ser:

• Terapêuticos: dependendo do grau de dificuldade, o médico pode aconselhar medicamentos que ajudem o cérebro a processar essa concentração.

• De ajuste familiar: “deve-se mostrar e incentivar a organização e disciplina, ter acompanhamento escolar e ambiente adequado dentro de casa”, afirma a dra. Sônia Teresa Akopian, médica fisiatra do HIAE.

Hiperatividade

Basta a criança ser mais agitada e desobediente para receber o rótulo de hiperativa. De fato, o diagnóstico da doença se banalizou. O Déficit de Atenção e Hiperatividade existe e afeta mais meninos que meninas. Impulsividade e dificuldade de concentração são características dos pequenos. Eles mexem em tudo, correm para lá e para cá, querem toda a atenção. O diagnóstico é realizado por meio do atendimento clínico. Para tratar, deve-se procurar médicos especializados no assunto.

Para Sandra Valle, neuropsicóloga infantil do HIAE, a hiperatividade precisa ser tratada como um todo. Medicamentos devem ficar a critério do médico e estratégias para melhorar o comportamento são sempre bem-vindas. "Na escola, os professores podem fazer da hiperatividade e da agitação uma aliada, por exemplo, pedindo à criança queos auxiliem na organização dos materiais a serem utilizados, a buscar um livro na sala dos professores. Deve-se estabelecer uma parceria com a criança e criar condições positivas deintegração ao grupo e ao contexto de aprendizagem, deixando claro as expectativas e, sempre que possível, ajudá-la a desenvolver recursos para resolver os problemas. Isso favorecerá enormemente a sua auto-estima e potencial de crescimento."

Fonte: Hospital Albert Einstein

Quando seu filho não fala



Ana Paula Pontes

Você está se trocando para ir ao trabalho e, de repente, escuta um “mama”. É o seu filho engatinhando em sua direção e chamando a sua atenção. Não dá para descrever o que é ouvir o filho falar pela primeira vez, certo? Esse é apenas o começo do desenvolvimento da fala, que se inicia por volta do primeiro ano e deve estar mais completo por volta dos 5 anos. Até lá, ele vai falando sons aos poucos, escutando e imitando quem o cerca. Mas nem sempre isso acontece. “Se até os 3 anos a criança fala pouco ou quase nada, ela precisa de ajuda de um especialista indicado pelo pediatra”, afirma Andréa Cristina Cardoso, fonoaudióloga do Hospital Sírio-Libanês (SP). E as razões podem ser várias.

Primeiro, o médico vai descartar problemas neurológicos ou psiquiátricos, como lesões cerebrais, autismo e esquizofrenia. Depois, vai verificar a audição. Explica-se: para que a criança desenvolva a fala, é preciso que ela escute bem, afinal, a linguagem é adquirida pela imitação. “Ainda que o teste da orelhinha (feito no dia do nascimento) não detecte nenhum problema, a criança pode ter uma deficiência auditiva. Há doenças, como meningite e sarampo, que podem acarretar alguma perda da audição”, diz. Se alguns desses problemas é diagnosticado, o pediatra irá pedir exames para comprovar e, com os resultados em mãos, o tratamento será iniciado imediatamente.

Se essas hipóteses forem descartadas, existe a possibilidade da causa do atraso da fala da criança estar no ambiente. Se ela não é estimuldada a falar, vai demorar mais para desenvolver a linguagem. Para que a criança imite, pratique e, assim, aprenda, é fundamental que você e os cuidadores a estimule e conversem com ela. Atividades simples do dia a dia, como na hora de trocar a fralda, de dar o banho e até a amamentação, são momentos favoráveis para esse exercício de incentivo da fala. “Diga o nome das coisas, das cores, o que é quente, o que é frio, sem infantilizar e pronunciando corretamente”, diz Andréa. Os irmãos mais velhos são ótimos aliados no aprendizado dos mais novos.

Outro ponto importante é não acomodar a criança. Se o seu filho quer alguma coisa, simplesmente aponta e você já o atende, ele não vai ter de se esforçar para falar. Tenha paciência e incentive-o a pedir o que quer. Lembre-se: as consultas de rotina ao pediatra da criança são fundamentais para que ele avalie seu desenvolvimento e quando é hora de haver intervenção de algum outro profissional.
Fonte: Revista Crescer

A importância de se respeitar os mais velhos

Com certeza, o seu filho tem contato com os mais velhos, seja de forma mais direita (com avós, tios) ou de maneira mais geral, como vizinhos, pessoas na rua. Por isso, é fundamental ensinar às crianças que os idosos precisam ser respeitados e, mais do que isso, amados, com diz Regina Célia Fonseca, professora de psicologia da Faculdade Pequeno Príncipe (PR).

Segundo a professora, há duas maneiras, complementares, de se fazer isso: pelo modelo e pelo diálogo. “É mais do que sabido que as crianças aprendem melhor, e mais fácil, observando o comportamento dos pais”, afirma Regina. A prática é que mostra para elas que o respeito aos mais velhos precisa estar embutido em ações do dia a dia. “Não dá para o pai dizer que o filho tem que ser educado com todos se, na fila do banco, ele reclama que os mais velhos passam na frente”, explicou. A segunda maneira, o diálogo, vem para ajudar a reforçar a prática. “É aí que os pais conseguem explicar para as crianças que a vida é um ciclo e que a velhice faz parte da condição do homem.”

A especialista reforça que, além do respeito, as crianças ganham sempre com a experiência dos mais velhos. “Aconselho os pais a sempre dizerem para o filho coisas como ‘você sabe o quanto de coisas o seu avô pode te ensinar?’. Isso faz com que haja uma valorização da sabedoria conquistada com a experiência”, diz Regina.

Uma outra maneira gostosa de conversar com o seu filho sobre o assunto é por meio nos livros. Recém-lançado, Ser Idoso É... (Ed. Mundo Mirim, R$ 24,90) mostra de forma simples e bonita o “gira gira da vida”. Na obra, o autor e ilustrador Fábio Sgroi se vale do Estatuto do Idoso para mostrar às crianças, por meio de seus traços, o que elas podem fazer para garantir que os itens do documento sejam cumpridos. “Eu já tinha feito um livro infantil sobre a Declaração Universal dos Direitos do Homem e outro sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. Fechei o ciclo com o foco nos idosos”, contou Sgroi.

Segundo o autor, o objetivo da obra era tornar a linguagem do Estatuto mais acessível para as crianças. No documento há itens como a garantia de gratuidade nos transportes públicos para maiores de 65 anos e o direito à moradia (se o idoso não tiver família nem casa, é dever do Estado dar a ele um lar). E você, como mostra para o seu filho que respeitar os idosos é fundamental?

Você sabe o que fazer com os medicamentos vencidos?

Foco no meio ambiente, a EMS Genéricos lançou um projeto-piloto que conta com um modelo inédito de sacolinhas elaboradas com bioplástico para serem distribuídas em farmácias e drogarias e um projeto de logística reversa, que envolve a distribuição de coletores para o recolhimento de medicamentos vencidos nos pontos de venda. "O consumidor poderá entregar seus produtos vencidos nas lojas participantes da campanha. O farmacêutico responsável de cada estabelecimento realizará os devidos registros e encaminhará os medicamentos à cooperativa previamente contratada pela drogaria ou farmácia para o descarte correto", explica Marco Aurélio Miguel, diretor de Marketing da empresa. Abaixo, confira uma entrevista com ele sobre a importância do destino correto de medicamentos fora de uso.


Qual a importância de dar um destino correto aos medicamentos vencidos?
Medicamentos vencidos podem ocasionar contaminações, além do risco de utilização inadequada. Se existe medicamento vencido, isso significa que houve um erro na utilização desse produto, uma compra desnecessária ou um tratamento que não foi seguido conforme a prescrição médica. Dar um destino correto a esse medicamento é promover uma conscientização e melhorias à saúde pública.

De onde surgiu a ideia do projeto?
Esta já é uma tendência de mercado em outros segmentos. Nós da EMS produzimos medicamentos e promovemos a saúde, sendo assim, pensamos constantemente em como melhorar o processo posterior à produção e comercialização dos mesmos. Por meio desta ação, pretendemos diminuir o impacto e os riscos com o descarte correto de medicamentos.

Quando recolhidos, para onde esses remédios vão?
Já existe um modelo predefinido e validado pela Vigilância Sanitária no Brasil, em que as drogarias pagam para uma empresa de coleta. Em alguns municípios esse trabalho também pode ser realizado pela prefeitura local.
Após o recolhimento são enviados para o destino correto de descarte, incineração ou descarte em local seguro, apropriado e autorizado pelos órgãos responsáveis.

O que pode ocorrer se a pessoa descartar os medicamentos vencidos em lixo comum?
O descarte desses produtos em um lixo comum pode acarretar diversos problemas, tais como:
Risco de manuseio pelos "separadores" de lixo; 
Contaminação de solo/água; 
Risco de alguma criança, adulto ou animal ingerir o produto inadequadamente.

Por que remédios vencidos não são considerados lixo comum?
Eles não são considerados lixo comum porque contêm substâncias farmacêuticas e químicas ativas, isto é, se descartados em lixo comum essas substâncias podem ir para o solo ou para a água, além do risco de serem ingeridos por algum indivíduo ou animal.


Fone Idmed

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Xaropes para crianças com tosse. A indicação é comum, mas o seu uso é necessário?

A tosse é um importante mecanismo de proteção das vias aéreas e, quando ocorre, não deve ser considerada um transtorno. Muitas são as causas que podem desencadear este sintoma, como as infecções respiratórias agudas – resfriados, gripes, sinusites e pneumonias.

Não é infrequente nessas situações o uso de xaropes antitussígenos como automedicação. Esta prática deve ser evitada, principalmente, em crianças menores de 2 anos de idade, pois não há evidência científica da eficácia do seu uso e nem qual a melhor dose recomendada, além do mais, podem causar efeitos colaterais e não reduzem o tempo de evolução da infecção.

A fluidificação das secreções respiratórias pela inalação com soro fisiológico ou o vapor do chuveiro associada à ingestão de líquidos ajudam a aliviar os sintomas.

Portanto, na presença de tosse, a avaliação médica é sempre necessária para detectar qual a sua causa, adequar o tratamento e esclarecer a evolução da doença. fonte:blog.einstein.br

Enfrente o calor com mais ânimo - Hidrate-se

A cerveja gelada é um antídoto natural contra o calor. Na praia, aparece como uma das primeiras opções na hora de refrescar a garganta. Pouca gente sabe, no entanto, que o álcool é gatilho certo para a desidratação. "Ela ocorre quando há perda aguda de água e de sais minerais do organismo, especialmente nas diarréias e nos vômitos", explica a nutricionista do MinhaVida, Karina Gallerani.

O problema pode surgir em vários graus, todos eles bastante perigosos para a saúde. "Os sinais de desidratação variam conforme sua intensidade. Sintomas como aumento da sede, irritabilidade, diminuição do volume de urina, perda de elasticidade da pele e olhos fundos precisam ser identificados o mais breve possível. Nos casos mais graves, o quadro pode ter crises de torpor, pressão baixa e ausência de urina", afirma a especialista. "O excesso de exposição ao sol também pode provocar desidratação, além dequeimaduras e, em longo prazo, câncer de pele".

O álcool provoca desidratação ao inibir a secreção do ADH, o hormônio antidiurético liberado para barrar a saída de água (do sangue para a bexiga). Por isso, quando você bebe, a água continua sendo descartada (mesmo que haja uma baixa quantidade de líquidos no sangue). "Além disso, o álcool não combina com o verão porque tem muitas calorias. O pior disso é que são calorias vazias, ou seja, que não trazem nenhum benefício ao organismo", afirma Karina.

As bebidas alcoólicas possuem baixo poder nutritivo e não fornecem nenhuma das substâncias requeridas para o bom funcionamento do organismo, como proteínas, vitaminas ou outros nutrientes. Outro problema que surge com a bebedeira é a hipoglicemia (baixa taxa de glicose, ou de açúcar, no sangue).

Hidrate seu verão

Em uma situação normal, quando seu nível de glicose cai muito, o fígado repõe a substância transformando o carboidrato estocado no organismo (glicogênio) em glicose, e evita a hipoglicemia. Mas não é isso que acontece quando o álcool também está presente no organismo. "Quando o álcool entra no sistema digestivo esse processo é prejudicado, porque o fígado fica ocupado em eliminar a bebida, considerada tóxica pelo corpo. Ou seja, o fígado não produzirá glicose até que termine de expelir a última gota de álcool do sangue. Então o órgão que deveria viabilizar energia para o organismo estará ocupado em metabolizar o etanol", diz Karina.

E o problema fica ainda maior se você estiver fazendo algum tipo de exercício físico. "Nesse caso, o corpo perde ainda mais água e sais pelo suor. Isso, associado ao consumo de álcool, pode resultar em uma desidratação grave". Mas para evitar problemas e curtir a estação mais quente e divertida do ano, não precisa abrir mão da sua latinha. O consumo com moderação e intercalado com água e sucos está liberado "A melhor forma de lidar com a desidratação não é tratando dela, mas prevenindo o seu aparecimento". Veja abaixo as dicas dela para, literalmente, prevenir a dor de cabeça.

Dicas

1 - Lembre-se de beber água. Muitas pessoas simplesmente passam grandes períodos sem tomar sequer um gole do líquido. Isso deve ser evitado. O ideal é que se tome pelo menos um copo de água a cada hora.

2 - Se for praticar atividade física, fique atento à necessidade de tomar ainda mais água.

3 - Em dias quentes, a exposição ao calor faz com percamos mais água que o normal, e por isso é importante também tomar uma dose extra de água.

4 - Observe sua urina. Quando a urina adquire uma tonalidade muito escura, é sinal que o organismo está economizando água, provavelmente porque as reservas estão diminuindo. Beba água até que a sua urina adquira uma tonalidade clara, e procure manter sempre essa cor.

5 - Consuma alimentos ricos em água. A comida é também uma fonte importante de líquidos, já que muitos alimentos possuem água na sua composição. Frutas e verduras são boas fontes. Além de ajudarem na hidratação, esses alimentos costumam ser menos calóricos que os demais, colaborando para manutenção do regime e da boa forma.

6- Se sentir sede, não hesite: corra e beba um copo de água. A sede já é o sinal mais importante de que o organismo está precisando muito da água. Não engane o seu corpo.

fonte: Minha Vida

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Dia Mundial de Luta Contra a Aids


Jovens gays são público-prioritário da campanha, que tem como slogan “A aids não tem preconceito. Previna-se”

O Ministério da Saúde lança, durante a abertura da 14ª Conferência Nacional de Saúde nesta quinta-feira (1°), a campanha do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, cujo slogan é “A aids não tem preconceito. Previna-se”. A proposta é estimular a reflexão sobre uma sociedade menos preconceituosa, mais solidária e tolerante à diversidade sexual e às pessoas vivendo com HIV/aids.
Neste ano, os jovens gays de 15 a 24 anos são público prioritário da campanha. Boletim epidemiológico sobre HIV/Aids divulgado na última segunda-feira (28) apontou o avanço da doença entre esse grupo, na contramão do que tem acontecido nesta faixa etária.
Ao longo dos últimos 12 anos, a porcentagem de casos na população de 15 a 24 anos caiu. Já entre os gays da mesma idade houve aumento de 10,1%. No ano passado, para cada 16 homossexuais dessa faixa etária vivendo com aids, havia 10 heterossexuais. Essa relação, em 1998, era de 12 para 10.
A programação começa às 9h, durante a abertura da Conferência no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, em que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, apresentará a campanha.
Ao meio-dia, na tenda Paulo Freire, na área externa do Centro de Convenções, acontece o Café com Ideias, uma mesa redonda com a participação do ministro Padilha, da cantora Preta Gil, do Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, Jarbas Barbosa, do diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco, e de representantes LGBT e da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/aids.
Na ocasião, será assinada a Portaria da Política de Saúde da População LGBT. Também será lançada a cartilha “Por toda a sua Vida”, produzida pelo Departamento e pelo cartunista Ziraldo, que estará presente para autógrafos. Na publicação, são enfocadas as formas de contágio e os meios mais eficientes para prevenir a aids, como também a maneira sobre como proceder caso a pessoa seja infectada pelo HIV.
A partir das 19h30, começa a Festa da Solidariedade, com projeção de imagens, símbolos e lugares alusivos ao Dia Mundial de Luta contra a Aids na fachada do Congresso Nacional, na circunferência do Museu da República e nos Ministérios da Saúde e da Educação. Em frente ao Museu, no espelho d´água, haverá um flash mob, envolvendo os convidados para a formação de um laço humano de solidariedade. O laço vermelho é o símbolo da luta contra a Aids.
Em seguida, às 20h30, em tenda montada em frente ao Museu, haverá apresentação de balé aéreo, uma performance circense com tecidos. As evoluções simbolizam a luta contra o preconceito, exaltando a solidariedade. A tenda irá acomodar ações de prevenção, como distribuição de preservativos, testes rápidos anti-HIV para a população e informações sobre HIV/aids.
A Festa da Solidariedade terá, ainda, apresentação de artistas convidados de várias tendências musicais, do samba ao funk, passando pela MPB, música eletrônica e rock n’roll.
Sobre o Dia Mundial – Em 1987, a Assembleia Mundial de Saúde, com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), decidiu transformar o 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta Contra a Aids, para reforçar a solidariedade, a tolerância e a compreensão em relação às pessoas infectadas pelo HIV.
Mais informações à imprensa
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
Ministério da Saúde
Assessoria de Imprensa
Tel: (61) 3306-7010/7016/7024/7051
E-mail: imprensa@aids.gov.br
Site: www.aids.gov.br

Saiba como dar mais sabor aos alimentos naturais


Bruno Folli

É preciso condicionar o paladar para voltar a apreciar alimentos naturais.

O condicionamento do paladar aos alimentos saudáveis é fundamental para incorporar uma dieta com escolhas saudáveis. Com o tempo, a ingestão constante de produtos industrializados prejudica a percepção dos sabores e pode criar uma preferência por alimentos salgados ou doces demais.

“A indústria de alimentos se apropria das características naturais dos alimentos e as torna exacerbadas”, aponta o nutricionista Rafael Claro, pesquisador do departamento de nutrição da USP.

Isso é feito, diz ele, justamente para conquistar a preferência do consumidor. “Uma cenoura é crocante e salgada, ela tem essas características com determinada intensidade que não muda. Já os alimentos industrializados podem se tornar mais crocantes e mais salgados”, compara.

Como resultado, a cenoura passa a ser menos interessante ao paladar. “Parece algo sem gosto”, diz ele. No pior dos cenários, a pessoa simplesmente abandona hortaliças e frutas pela falta de atrativos ao paladar. E mesmo quando elas são mantidas no cardápio, o modo de preparo também pode colocar a saúde em risco.

Para compensar a falta de atrativos naturais do alimento, o preparo deles passa a levar sal ou açúcar em excesso. “Não é apenas uma questão de sabor, mas também cultural. O sal, no nordeste, já foi muito usado como conservante de alimentos”, aponta a nutricionista Maria Elisabeth Machado Pinto e Silva, pesquisadora e professora da USP.

Essa busca por um sabor mais intenso nos alimentos não é exclusividade de grupos específicos, ela pode atingir qualquer pessoa. “Já fizemos estudos e verificamos que a sensibilidade de obesos é igual ao de pessoas sem excesso de peso”, aponta a Maria Elisabeth. A questão não está na sensibilidade, e sim na preferência do paladar.

O uso excessivo do sal nos alimentos pode aumentar a pressão arterial. Dependendo de quanto a pressão subir, a pessoa passa a enfrentar um quadro de hipertensão arterial, doença que atinge quase 25% da população. Em mulheres que buscam uma gravidez, risco é ainda maior. A pressão alta é um dos principais fatores para pré-eclampsia.

Hipertensão: exercício ajuda a reduzir medicação

Mas existem estratégias para reduzir o sal do alimento, em mais de duas pitadas por dia, sem comprometer a intensidade do sabor. “A pessoa pode usar truques saudáveis”, recomenda Claro.

Ele cita o uso de alecrim, cebolinha, coentro, salsinha, orégano, limão, manjericão, cominho e hortelã. Tais temperos fazem a diferença para a saúde e são recomendados por cardiologistas.

Maria Elisabeth explica que o uso dos temperos faz parte de um processo de reeducação alimentar, no qual a pessoa deve saber os benefícios de sua mudança de hábito e buscá-los para ter reduzir o risco de problemas associados à alimentação inadequada.

Contudo, a especialista alerta que mudanças radicais podem ser difíceis demais para a pessoa sustentar por muito tempo. Ela prefere as mudanças graduais e feitas com base nas preferências da pessoa. “Não adianta incluir alimentos amargos caso a pessoa não goste”, exemplifica.

Açúcar, sal e cocaína formam "trio assassino" do coração

Regular a dose de açúcar nos alimentos também não é tarefa fácil. Os especialistas recomendam substituir o açúcar refinado por outras variações, como açúcar mascavo ou adoçante. Contudo, há mudança no sabor.

Uma alternativa é misturar os açúcares na elaboração de receitas caseiras até acostumar o paladar com o novo sabor. Vale lembrar que a ingestão exagerada de açúcar está ligada a problemas como excesso de peso e diabetes, doença que avança no país.

O que fazer para cuidar da higiene de seu filho?


Quando o assunto são os garotos, a maior preocupação deve ser a limpeza do pênis. A maioria dos meninos nasce com a glande (cabeça do pênis) parcialmente ou totalmente coberta pela pele, que irá se descolar aos poucos até os 3 anos de idade. Na hora do banho, é preciso puxar a pele para trás, lavar bem com sabão neutro e colocá-la de volta no lugar para que ela não fique presa. Pode acontecer de apenas uma parte da glande estar exposta e a pele não retrair, o que é normal até o terceiro ano. Nesse caso, não force a pele para trás, pois pode machucar. Lave apenas o que estiver exposto. Se até os 3 anos a pele não descolar naturalmente, consulte um médico e avalie a necessidade de fazer uma cirurgia de fimose (quando o prepúcio – pele que cobre o pênis – é muito estreito e não permite a exposição da glande).

A partir dos 5 anos, você pode deixar que seu filho tome banho sozinho – mas sempre supervisione se ele limpou tudo mesmo. Outro cuidado, que vale para todo mundo, é ensinar seu filho a lavar sempre as mãos antes e depois de ir ao banheiro, afinal, eles manipulam diretamente o pênis.

Fonte: André Cavalcanti, diretor da Sociedade Brasileira de Urologia, e Eduardo Gouvêa, urologista da Casa de Saúde São José (RJ)
Fonte: Revista Crescer

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Você sabia que o ovo ajuda a acordar e a deixar alerta ?


Cientistas descobriram que as proteínas do ovo, especificamente aquelas encontradas na clara, ajudam a ficar acordado e deixam a pessoa alerta. As substâncias são mais eficazes do que os hidratos de carbono encontrados nos chocolates, biscoitos e doces. As informações são do Daily Mail.

Os pesquisadores da Universidade de Cambridge analisaram como os nutrientes afetam as células do cérebro que nos mantém acordados e queimam calorias. Uma mistura semelhante ao teor de proteína da clara do ovo ativa essas células, desencadeando a liberação do estimulante orexina.

O açúcar, no entanto, bloqueou a liberação de orexina. "O que é excitante é ter uma forma para 'sintonizar', selecionar as células do cérebro a ser mais ou menos ativas ao comer certos alimentos", disse o especialista Denis Burdakov.

Recentemente, pesquisadores da Fundação Britânica de Nutrição, co-financiado pela indústria avícola, concluíram que o tipo de colesterol encontrado nos ovos tem um efeito mínimo sobre o aumento do risco de doença cardíaca.
Fonte: www.saude.terra.com.br

Pessoas de pele clara que evitam sol podem sofrer de ausência de vitamina D, afirma estudo



Segundo um estudo realizado pela Escola de Medicina da Universidade de Stanford, pessoas que têm a pele clara e evitam a exposição ao sol são duas vezes mais propensas a sofrer de deficiência de vitamina D. A pesquisa analisou cerca de 6.000 pessoas. Surpreendentemente, foi descoberto também que o filtro solar utilizado por elas não afetou significativamente os níveis sanguíneos da vitamina, já que elas podem ter utilizado muito pouco ou raramente.

A análise representa mais um debate em relação a como equilibrar os perigos da exposição excessiva ao sol e a necessidade de se ter níveis adequados de vitamina D no organismo, que acabam evitando doenças ósseas como a osteoporose e o raquitismo. A vitamina D é produzida pela pele em resposta à exposição aos raios da luz solar. Níveis baixos podem causar o enfraquecimento dos ossos e colaborar com o surgimento de outras doenças crônicas, como o câncer. Pequenas quantidades de vitamina D podem ser adquiridas na ingestão de leite fortificado, cereais e peixes, como o salmão e o atum.

"Essa é uma questão complexa, mas cada paciente precisa se adaptar às recomendações e passar a utilizar protetores de acordo com o tipo de pele e estilo de vida", diz Eleni Linos, dermatologista e autora do estudo.

Resultados

Os pesquisadores descobriram que pessoas com a pele clara que evitaram o sol com roupas ou permaneceram na sombra tinham os níveis sanguíneos de vitamina D menores (cerca de 3,5 nanogramas por mililitro) se comparadas ao grupo que não apresentou esse comportamento. Em contraste, a associação entre o sol e os níveis da vitamina em pessoas com a pele mais escura não foi significativa – elas apresentavam cerca de 14,5 nanogramas por mililitro de vitamina. "Isso pode ser explicado pela pigmentação da pele, que atua como protetor solar natural", explica Eleni. Eles também chegaram à conclusão de que, embora 40% dos participantes fossem deficientes em vitamina D, esse número aumentou para 56% entre aqueles que se protegiam do sol com roupas ou que ficavam na sombra.

Fonte: Escola de Medicina de Stanford

Mulheres que trabalham a noite tendem a engordar



Pesquisadores da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp) descobriram que os hormônios que regulam o apetite, grelina e xenina, atuam de forma desregulada em mulheres que trabalham de noite, fazendo com que elas ganhem peso por alterar o padrão de apetite dessas mulheres.

O estudo, divulgado no Jornal da Unicamp nesta segunda-feira (21), foi coordenado pelo endocrinologista Bruno Geloneze e realizado pela fisioterapeuta Daniela Schiavo, que comparou os mecanismos de fome e saciedade de 12 mulheres que trabalhavam no setor de limpeza durante o dia e 12 que o faziam de noite, na faixa etária entre 25 e 45 anos, com mesmo padrão de atividade física e Índice de Massa Corpórea (IMC).

Daniela contou ao jornal que geralmente credita-se o ganho de peso dos trabalhadores noturnos ao estresse que faz com que comam de maneira errada, mas os hormônios é que exercem papel fundamental nesta função. A fisioterapeuta explicou que meia hora antes da refeição, o hormônio grelina chega ao seu pico, dando o sinal de que é hora de comer. "O pico de grelina desencadeia a hora de comer e, na hora em que a pessoa está com a sensação de saciedade, ele fica mais baixo", contou, lembrando que a xenina é outro hormônio estomacal que age em oposição à grelina, ou seja, quando um está alto, o outro está baixo e vice-versa.

Ao analisarem como os hormônios atuam nas trabalhadoras noturnas, descobriu-se que a grelina não reduziu após a refeição, não levando à sensação de saciedade. Geloneze explicou que a pessoa que não sente saciedade tende a comer pouco, mas com mais frequência e dificilmente opta por alimentos de qualidade e baixa caloria, colaborando para o aumento significativo de peso.

A perspectiva das pesquisas da Unicamp está em encontrar fármacos para interferir na grelina e na xenina, recuperando-se o padrão fisiológico e repercutindo na perda de peso.
Fonte: www.saude.terra.com.br

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Transtorno bipolar: a vida na montanha russa


Primeiro a angústia, o desânimo, a falta de vontade de se levantar da cama. Depois, vêm a animação, extrema autoconfiança, sensação de poder, vontade de fazer mil coisas ao mesmo tempo. A primeira impressão é que essas sensações são de duas pessoas, uma depressiva, outra eufórica.

Mas, na verdade, trata-se do mesmo homem ou mulher – alguém que sofre de transtorno bipolar de humor, doença psiquiátrica que atinge cerca de 3% da população mundial, caracterizada por oscilações abruptas de humor, com episódios de depressão e de mania (o oposto da depressão).
A doença mental está entre as dez que mais afastam os brasileiros do trabalho. Ocupa o terceiro lugar na lista, depois da depressão e da esquizofrenia, conforme levantamento da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em novembro de 2007.
“O humor é o pano de fundo da nossa vida emocional. Normalmente, se acontecem coisas boas, as pessoas ficam alegres, se acontecer algo ruim, ficam tristes. Para quem tem transtorno bipolar, a lógica não é sempre essa. O humor pode oscilar muito e de forma muitas vezes independente do que ocorre ao redor. Os acontecimentos influenciam de forma nem sempre previsível. Se morre alguém, imagina-se que a pessoa fique triste, mas o bipolar pode entrar numa crise de euforia, ficar ‘elétrico’, ou mesmo irritável e não porque não gostava da pessoa, mas porque o estresse desencadeou uma instabilidade da doença. Por isso, o transtorno é imprevisível”, explica Sérgio Nicastri, psiquiatra do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).

Uma das principais evidências de que a doença está relacionada às reações químicas do cérebro é que os remédios dão resultado. Entretanto, o mecanismo de funcionamento da doença é um processo extremamente complexo. Ainda não há certezas sobre neurotransmissores ou reações químicas que estejam envolvidas no desencadeamento da doença. O que se sabe é que alterações da serotonina e da noradrenalina cerebrais estão relacionadas à depressão e a dopamina é o neurotransmissor mais relacionado aos episódios de mania.

Gangorra de sentimentos
“Não tinha idéia do que estava acontecendo comigo. Ia trabalhar todos os dias, mas, quando o ponteiro marcava três horas, era como se fosse um relógio biológico, eu precisava largar tudo o que estivesse fazendo e sair correndo para casa. Porque era insuportável continuar. Eu me jogava na cama e apertava o edredom contra meu peito, a sensação era que ele estava completamente aberto, sem nenhum tipo de proteção e coisas poderiam escapulir dali. Doía muito e o cobertor me dava segurança. Pouco depois, soube que isso se chamava angústia.”
Esse é um trecho do livro Não Sou Uma Só: Diário de Uma Bipolar, de Marina W. (editora Nova Fronteira). Trata-se de uma autobiografia que traz as alegrias e as angústias dessa jornalista, que só descobriu ser bipolar depois de casada e mãe de dois filhos, segredo guardado por ela durante mais de 20 anos. O diagnóstico tardio, inclusive, é um dos principais problemas no tratamento. Ainda é muito comum o paciente ser visto apenas como depressivo quando, na verdade, vai de um extremo a outro.
A transição abrupta entre as fases depressivas e maníacas é chamada pelos médicos de virada de humor. Os episódios de mania e depressão podem variar em dias, semanas ou até meses. “Os bipolares também têm fases de normalidade”, afirma o dr. Nicastri.
Durante a depressão, as sensações são de diminuição da energia, redução ou até incapacidade de sentir prazer, melancolia, desesperança e pensamentos pessimistas ou negativos, que podem incluir a idéia de suicídio. Os episódios de mania geralmente envolvem sensação aumentada de energia e poder, aceleração da velocidade do pensamento, diminuição da necessidade de sono, idéias de grandiosidade e comportamentos desinibidos e pouco críticos, que podem resultar em gastos excessivos, por exemplo. Muito do que se faz nessa fase, os bipolares nem sequer sonhariam em fazer no estado normal de humor.
Para desencadear uma crise não há motivos ou situações específicas. O estopim pode estar relacionado ao estresse, tanto positivo quanto negativo. Perder o emprego, separar-se ou mesmo casar-se e receber uma promoção no trabalho podem ser fatores com potencial para provocar uma crise de mania ou depressão. “Nos pacientes em tratamento, o uso irregular ou mesmo a interrupção da medicação são um fator importante para que novos episódios da doença voltem a se manifestar”, enfatiza o dr. Nicastri.
Diagnóstico na balança
Existe uma tendência de que, em uma mesma família, haja várias pessoas com diagnóstico da doença, o que sugere uma grande participação genética nesse transtorno. Entretanto, ainda não há comprovações científicas. Os fatores ambientais também interferem na manifestação do problema.
“O estresse e a rotina agitada podem colaborar para que os efeitos da doença sejam maiores ou menores”, explica o psiquiatra. Hoje, o ritmo de vida é mais acelerado, o acesso e o consumo de substâncias lícitas e ilícitas que interferem no humor são mais fáceis, por exemplo.
Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor para o paciente, sua família e amigos. O fato é que alguém que tenha depressão vai procurar ajuda porque se sente mal. Porém, a pessoa que passa por crises de euforia sente-se muito bem – até demais – para achar que esse estado inspire cuidados médicos. Isso pode atrasar a procura por ajuda e, conseqüentemente, o tratamento.
É uma barreira explicar e convencer alguém de que aquele estado de energia intensa, por mais agradável que pareça, é uma doença, por conta dos riscos a que a pessoa se expõe, como a impulsividade que leva a comportamento sexual desinibido, entre outros atos impensados.
Familiares e amigos podem ajudar o psiquiatra nesses casos, sinalizando comportamentos não habituais. Nos casos de gradação leve da doença, a chamada hipomania – quando o paciente é tímido e se torna extrovertido, por exemplo –, quem convive com a pessoa deve sinalizar ao médico que normalmente ela não se comporta daquela maneira. Entretanto, para o paciente é difícil perceber que essas mudanças no comportamento são manifestações do transtorno, mesmo que em grau leve.
Embora a doença apareça mais frequentemente no fim da adolescência ou início da vida adulta, crianças e adolescentes também podem sofrer com esse transtorno. Nos EUA, o número de diagnósticos de bipolaridade entre crianças e adolescentes cresceu 40 vezes na última década. A hipótese para esse aumento é a maior conscientização de médicos sobre o transtorno ou ainda um possível excesso de diagnóstico, em que uma criança mal-humorada pode ser tratada como doente.

Medicamentos e terapia: o caminho para uma vida normal
Assim como uma série de outras doenças, o transtorno bipolar não tem cura, mas controle. É como ter hipertensão ou diabetes: a doença continua ali, mas o paciente aprende a reconhecer sinais, controlar e conviver com ela, enquanto leva uma vida normal. “Queremos que o paciente seja o gerente de sua saúde para reconhecer uma estabilidade ou piora da doença, além de tomar os remédios corretamente”, esclarece o dr. Nicastri.
Os medicamentos mais utilizados atualmente são o lítio e alguns anticonvulsivantes, pois mostram bons efeitos na estabilização do humor. Algumas vezes, podem ser indicados também antidepressivos, mas com ressalvas porque podem, em vez de trazer o paciente para um estado de normalidade de humor, induzir à crise de euforia. Medicamentos conhecidos como antipsicóticos, sobretudo alguns desenvolvidos mais recentemente, têm sido empregados como estratégia para obter a estabilização de humor.
O lítio, primeiro estabilizador de humor, descoberto na década de 1970, ainda é largamente utilizado. Essa substância foi consagrada porque – além de tratar o transtorno bipolar – é capaz de prevenir novas crises. O problema é que se trata de uma substância potencialmente tóxica, o que torna a monitoração da sua quantidade no sangue fundamental para a segurança do tratamento.
Além dos medicamentos, a terapia pode ajudar a pessoa a entender que tem uma doença e a aceitar o tratamento. É dar-se conta de como funciona o transtorno e saber diferenciar o que é normal do que foge do controle.


Albert Einstein

Câncer de Pele


O conhecimento sobre o câncer de pele e como preveni-lo é importante uma vez que é o tipo de câncer mais comum. A sua incidência vem aumentando em todo o mundo nas últimas décadas. Devido à sua relação direta com a exposição solar, principalmente em países de clima tropical como o nosso, as medidas de prevenção, que devem ser feitas desde a infância, tornam-se ainda mais importantes, devendo-se ter em mente alguns conceitos:
• A exposição solar excessiva é prejudicial à saúde e deve ser evitada;
• Os efeitos lesivos da exposição solar são cumulativos desde a infância;
• A eficácia dos filtros solares é comprovada cientificamente;
• O câncer de pele é quase sempre curável quando detectado precocemente.
O que é câncer de pele?
É um tumor formado por células que sofrem uma transformação, tornando-se anormais e multiplicando-se desordenadamente.
Quais são os tipos de câncer de pele?
Os mais importantes são o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma, e estão mais associados à exposição solar frequente.
Qual a causa mais comum do câncer de pele?
O fator ambiental mais importante na patogênese do câncer de pele é a exposição solar constante e prolongada sendo a causa de 90% de todos os cânceres de pele.
Existem outros fatores de risco para o câncer de pele?
Alguns indivíduos são mais susceptíveis ao desenvolvimento de câncer de pele devido à suas características raciais, comportamentais, genéticas entre outras. Entre os fatores que colaboram com esta suscetibilidade, podemos citar: a pele clara e/ou presença de sardas; cabelos loiros, ruivos ou castanho claros; olhos claros; tendência a queimaduras solares com facilidade e pouco ou nenhum bronzeamento; história familiar de câncer de pele; residência em regiões de clima quente e ensolarado; longos períodos de exposição solar diária ou curtos períodos de exposição solar intensa; grande quantidade de sinais (nevos).
Que lesões podem ser suspeitas para câncer de pele?
De uma maneira geral, podem ser suspeitas:
• aparecimento de manchas que não desaparecem em pelo menos três semanas;
• ponto ou mancha na pele que sangra, coça, dói ou perfura;
• alterações de manchas já existentes, como por exemplo crescimento, elevação ou mudança de cor.
Como é feito o diagnóstico?
O médico é o profissional indicado para analisar cada caso, através do exame clínico-dermatológico. Quando indicado, ele poderá solicitar a remoção da lesão suspeita e um exame específico para o diagnóstico, denominado exame histopatológico.
Qual o tratamento a ser instituído?
Na maioria dos casos, a remoção cirúrgica da lesão já serve como tratamento. Menos frequentemente, pode haver a necessidade de complementação, através de outros tratamentos, prescritos pelo médico assistente, conforme cada caso.
Como prevenir o câncer de pele?
Deve-se evitar a exposição solar prolongada, principalmente entre 10h e 16h, e usar regularmente o filtro de proteção solar indicado pelo seu médico, renovando a aplicação a cada 2 horas ou após o mergulho. O bronzeamento artificial deve ser evitado. Em caso de aparecimento de lesão suspeita, deve-se procurar o dermatologista.

Delboni Auriemo

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Obesidade Infantil


Os números são alarmantes quando se fala em obesidade infantil. As dobrinhas que antes agradavam à família, hoje preocupam as autoridades mundiais em saúde. A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) estima que o número de crianças obesas do Brasil cresceu 240% nas últimas duas décadas. O problema já é considerado epidemia mundial. A OMS calcula que, no mundo, uma em cada dez crianças está acima do peso.
Toda essa preocupação tem sentido. A obesidade acarreta uma série de problemas graves de saúde. Entre a lista de consequências dos quilos a mais estão o diabetes tipo II - até então encontrado só nos adultos -, a hipertensão, os altos índices de colesterol e a síndrome metabólica, que resulta de uma associação de fatores de risco que aumenta as chances de doenças cardiovasculares, como o infarto do miocárdio.
“A chance de uma criança obesa ser um adulto com o mesmo problema é enorme”, alerta a dra. Léa Diamant, endocrinologista da Clínica de Especialidades Pediátricas do Hospital Israelita Albert Einstein.
Segundo a médica, são raros os casos de problemas endocrinológicos nas crianças. “O aumento de peso na maioria das vezes vem da alimentação inadequada e da falta de atividade física”, afirma.
Bons exemplos em casa
O cardápio básico do brasileiro – composto de arroz, feijão, bife e salada – está ficando para trás. Hoje as opções são os pratos rápidos, comida congelada e, para quem tem ainda mais pressa, o chamado fast food.
Para Silvia Piovacari, coordenadora da Nutrição Clínica do Einstein, o bom exemplo de hábitos alimentares tem que vir de casa. As crianças são os reflexos dos pais e vão comer o que eles põem no prato. A recomendação é de que haja no prato, diariamente: verduras, frutas e legumes, no almoço e no jantar.
Não é preciso ser radical e abolir todas as guloseimas de que os pequenos tanto gostam. Os especialistas indicam o bom senso como a melhor alternativa. Doces, lanches e refrigerantes podem ser consumidos, mas com pouca freqüência e em quantidades limitadas.
“Os pais precisam fazer opções inteligentes quando o assunto é a alimentação dos pequenos e saber negociar com eles as guloseimas para ocasiões especiais. O importante é que elas não façam parte da rotina da criança”, explica a nutricionista.
Brincadeira saudável
Outro hábito que ajuda os pequenos a manter os ponteiros da balança lá em cima é a falta de atividade física. E engana-se quem acredita que uma aula de judô ou balé por semana pode ajudá-los a queimar toda a energia. Bom mesmo é brincadeira de criança.
“Eles precisam correr, pular, andar de bicicleta, patins e passar tardes brincando com outras crianças”, afirma a dra. Léa.
A ‘geração videogame’ é a grande candidata a formar uma legião de pessoas obesas – que preferem o computador a uma bola de futebol – e com uma série de problemas tanto de saúde física, quanto de mental. E as estatísticas comprovam: 80% dos adultos obesos foram crianças obesas.
De olho na balança
As crianças ganham por volta de dois quilos e meio por ano, o que corresponde a 200 gramas por mês. Na fase do estirão, que precede a puberdade, o aumento de peso é maior, mas compensado pelo crescimento. Quando o pequeno ganha um quilo por mês, é preciso estar atento.
“Recomendo que os pais fiquem atentos ao peso dos filhos, principalmente se tiverem casos de obesidade na família. Se você vê uma criança engordar três quilos em seis meses é preciso procurar ajuda de um especialista”, comenta a médica.
Para cada idade há um peso adequado, medido pelo IMC, utilizado tanto em adultos quanto em crianças. Entretanto, os pequenos têm uma tabela específica que leva em conta a idade e o sexo. “Se a criança estiver com sobrepeso, é um sinal de alerta”, adverte a dra. Léa.
Tratamento persistente
No caso das crianças, a melhor alternativa para a perda de peso é a união de dois fatores: reeducação alimentar e atividade física. Quanto maior a criança, mais difícil o tratamento porque os hábitos alimentares inadequados já a acompanham há tempos.
A nova dieta não deve ser restritiva nem radical. Não adianta cortar todas as guloseimas e oferecer um prato de salada. “Partimos dos hábitos que ela já tem e diminuímos os excessos gradativamente, enquanto oferecemos alimentos mais saudáveis”, explica a nutricionista.
O apoio da família é fundamental nessa hora, afinal quem resiste a um pedaço de bolo de chocolate enquanto come uma fatia de pão integral com ricota? Pais, irmãos, avós e babás precisam mostrar à criança que também se alimentam de forma saudável.
Os exercícios devem fazer parte do cardápio saudável. Deixar de lado o videogame e a TV para ir a um parque, brincar na área de lazer do prédio ou até mesmo participar de atividades nas escolas são fundamentais para a criança, seja ela obesa ou não.
O tratamento exige persistência, isso porque apenas 20% das crianças conseguem atingir o peso adequado. O restante pode ter o que os especialistas chamam de efeito sanfona, ou seja, engordam e emagrecem repetidamente. Portanto, o melhor sempre é prevenir.
Albert einstein

Especialistas explicam o que fazer para seu filho dormir bem e na hora certa todos os dias


Para as crianças, dormir bem é duplamente importante. Além de manter o relógio biológico ajustado, o sono infantil é essencial para o crescimento. E também para que os pais não percam o próprio sono. Mas como regular o sono do seu filho?

“Cumprindo o período necessário de sono da criança, as funções biológicas como a digestão e a respiração, por exemplo, também ficam de acordo”, afirma o médico Derblai Sebben, especialista em questões do sono (leia entrevista com ele). Segundo Derblai, a falta de ritmo diário é o que mais prejudica a hora de dormir de um bebê ou uma criança – a não ser que ela tenha distúrbios como o terror noturno, por exemplo. Cuidar para que ela tenha hábitos – e eles sejam cumpridos – desde os primeiros meses de vida é essencial.

Atenção aos hábitos

Era o caso de Letícia. Durante os primeiros dois anos de vida, ela fez a mãe Ana Cláudia Guimarães, de 29 anos, penar na hora de dormir. “Tentei tudo o que me indicaram: colocava música, balançava... mas duas horas se passavam e ela continuava acordada”, diz. Depois de dois meses de noites muito maldormidas, Ana, muito cansada, decidiu dar uma volta de carro com a filha e o marido para ver se a filha se acalmava. “Surpreendentemente, ela dormiu. E dormiu pesado”, conta.

Mas, depois desse dia, Letícia só dormia ao ser levada para uma volta de carro. Isso durou até os dois anos de idade, quando ela começou a ir para a escolinha e, por voltar cansada, finalmente teve mais facilidade para dormir. Hoje, aos três anos e meio, Letícia tem um sono mais tranquilo, para o alívio dos pais. De acordo com Derblai, os rituais para a hora de dormir são decisivos para o sono tranquilo, mas é importante impor estes comportamentos desde cedo.

Rituais do sono

Uma das razões mais comuns para as crianças dormirem mal são os erros dos pais ao conduzi-las para o sono. “Uma criança que passa o dia sem se alimentar em horários específicos e não tem horários de soneca, por exemplo, não saberá que é hora de dormir quando a noite chegar”, explica Derblai.

Rosa Hasan, coordenadora do Departamento de Sono da Academia Brasileira de Neurologia, acredita que muitos pais criam hábitos equivocados na rotina dos recém-nascidos, como fazê-los dormir sempre no colo da mãe ou com companhia. “Esse tipo de procedimento pode levar a criança a ter um sono mais fragmentado durante a noite”, diz.

Além disso, é comum que os pequenos despertem durante a madrugada e, para o desespero dos pais, comecem a chorar. “Todos nós acordamos durante a noite, mas se toda vez a mãe correr para dar de mamar ou colocar o filho no colo, facilmente ele irá se acostumar e essas manias vão se estendendo por mais tempo”, afirma.

A criança precisa ser ensinada a dormir espontaneamente – e separada dos pais – desde que chega da maternidade. Para que isso aconteça, os pais podem seguir algumas táticas desde os primeiros dias de vida do filho e estabelecer um ritual.


Cinco dicas práticas para o seu filho dormir bem

Dar um banho quentinho na criança e massageá-la – o que nada mais é do que fazer carinho – podem ser estratégias infalíveis. Além disso, conforme a idade da criança, os pais podem cantar ou contar uma pequena história. Quando ela estiver pegando no sono, já mais relaxada, os pais devem se despedir e sair do quarto enquanto a criança ainda está desperta. Isso evita os sustos nos “microdespertares” da madrugada: “Quando a criança acorda durante a madrugada, ela quer o último estímulo que teve antes de pegar no sono. Se ela dormiu ao lado ou no colo da mãe, ela chora por querer a mãe novamente”, explica Derblai. Se isso não acontecer, ela dormirá novamente.

Entre os quatro e seis meses, a vida passa a ser regulada pelo relógio biológico e o ambiente da hora de dormir deve estar de acordo. “Se houver muita luz e barulho, ela não conseguirá dormir. O ambiente precisa estar propício a este referencial biológico, com escuro e silêncio”, diz ele.

Se a criança despertar durante a noite e começar a chorar sem parar, os pais devem evitar pegá-la no colo, não demonstrar irritação e não acender a luz, para não haver algum estímulo capaz de despertá-la ainda mais. “Os pais devem seguir o mesmo ritual feito primeiramente – a massagem – e ver se funciona”, explica. A criança vai sim acordar durante a noite e, caso não tenha algum outro problema como a necessidade de trocar a fralda, é importante não mantê-la no colo por mais de poucos minutos, para que ela volte a dormir logo no berço.

IG

Alergia a Animais


Quando se fala em alergia a animais, muitos associam a causa do problema aos pelos ou às penas. Mas isso não é 100% verdade. Na realidade, o maior vilão desse problema é o grande aumento de ácaros no ambiente causado pela presença dos bichos de estimação. Isso ocorre porque, além de pelos, os bichinhos soltam muita pele – e o ácaro, que se alimenta desses fragmentos, procria aceleradamente.


De acordo com o dr. Hélio Schainberg, médico do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) e especialista no assunto, 95% dos casos, na cidade de São Paulo são causados por ácaros, e não por pelos ou penas.


Os outros 5% têm como uma das causas o pelo dos animais. “Já com os gatos, a causa pode estar também na saliva do animal. O bichano se lambe muito e as partículas (proteínas) alergênicas presentes na saliva ficam impregnadas na pele e no pelo, provocando reações alérgicas nas pessoas sensíveis”, explica o dr. Schainberg.


Primeiros sinais


Para que os sintomas se manifestem, não é preciso contato direto com o bicho. Um encontro com seu dono ou com pessoas que brincam com ele pode ser suficiente para disparar os primeiros sinais de irritação. “Quem tem predisposição à alergia, com o tempo de contato pode se sensibilizar e então passar a ter sintomas”, afirma a dra. Cristina Kokron, alergista do HIAE. Além disso, no caso dos gatos, o dono pode levar o alérgeno na roupa e desencadear ou acentuar a crise em quem sofre do problema.


De modo geral, esse tipo de mal tem componente genético. Os médicos afirmam que, se um membro da família é alérgico, os descendentes têm 50% de probabilidade de ter o problema. “Se forem dois familiares, o risco dos demais parentes diretos sobe para 75%”, afirma o dr. Schainberg.


Quanto aos sintomas, podem ocorrer alergia na pele, congestão nasal, coceira, espirros, coriza, rinite, asma e conjuntivite. Há também a possibilidade, embora rara, de desencadear anafilaxia – reação alérgica rápida e grave, com sintomas cutâneos, respiratórios, digestivos ou circulatórios – e até choque anafilático, decorrente de queda da pressão arterial, taquicardia e distúrbio de circulação sanguínea, podendo ser acompanhado do fechamento das vias respiratórias.


“Quem tem alergia crônica e intensa deve ter sempre o contato de um especialista de confiança ou um clínico geral, pois caso ocorra uma crise aguda grave poderá ser necessário tomar atitudes rápidas e até encaminhar o paciente ao pronto-socorro”, afirma o dr. Schainberg.


A importância do controle


É possível a convivência entre bichos de estimação e pessoas alérgicas. Basta, é claro, verificar a gravidade do problema e tomar algumas medidas preventivas. “O animal é importante para o desenvolvimento da criança e faz as vezes de companheiro para adultos e idosos. Simplesmente tirá-lo da vida da pessoa nem sempre é a melhor saída”, alerta o dr. Schainberg. Para começar, é preciso dar banho no bichinho pelo menos uma vez por semana. Assim você diminui a quantidade de pele e de pelos que caem no ambiente e de saliva (no caso dos gatos).


Outro ponto essencial é deixar o bicho de estimação dormindo no quintal ou na área de serviço. Ele deve ficar por pouco tempo nas áreas comuns. Vale, nesse caso, aderir aos passeios pela vizinhança, para que o animal tenha espaço e faça exercícios. E, o mais importante, varrer ou aspirar o pó diariamente e higienizar a casa, uma ou duas vezes por mês, com aspirador de pó – os melhores são equipados com filtro de água – para eliminar ácaros.


Para fazer o diagnóstico de alergia, é preciso ter em mente o histórico familiar. É fundamental também realizar teste cutâneo e exame de sangue para identificar o agente causador. E, como parte do tratamento, são recomendados pelos médicos apenas métodos tradicionais, como corticoide nasal, descongestionante oral e antialérgico. “Em alguns casos, pode ser indicada a imunoterapia específica, ou seja, vacina contra o fator desencadeante”, afirma a dra. Cristina.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Otite afeta 1 em cada 5 crianças que ficam resfriadas


Uma em cada cinco crianças com resfriado desenvolvem infecções de ouvido. Apesar de esse número ser de um estudo americano, o que se observa nos consultórios no Brasil sugere que a estatística seja parecida, segundo Fabrizio Romano, otorrinolaringologista infantil do Hospital Sabará (SP).

A pesquisa, publicada no jornal científico The Pediatric Infectious Disease Journal, foi feita com 294 crianças entre 6 meses e 3 anos. Os especialistas observaram que 22% delas desenvolveram otite média durante a primeira semana de infecção respiratória.

O diagnóstico da doença é feito com base nos sintomas da criança, como febre e dor de ouvido, e no aspecto do tímpano e ouvido médio. Ou seja, se há secreção mais fluida ou pus. É a partir desse quadro que o especialista vai avaliar o melhor tratamento. E esse é outro ponto destacado no estudo. Não são todos os casos de infecção de ouvido que sugerem o uso de antibióticos.

Das 28 crianças com otite, 24 melhoraram sem antibióticos, quatro pioraram e três precisaram tomar a medicação. Em casos mais leves, é possível usar remédios apenas para amenizar os sintomas e antiinflamatórios. Mas o cuidado deve ser ainda maior. “Os pais de crianças que não tomam antibiótico precisam ficar atentos na evolução da doença, porque a chance de a infecção se agravar é maior. Febre persistente e vermelhidão no osso atrás da orelha sugerem complicação, e a criança deve passar por nova consulta”, diz Fabrizio. Vale lembrar que quem vai avaliar a necessidade ou não de usar qualquer medicamento é o pediatra.

O especialista afirma, ainda, que esse tipo de otite é mais comum em crianças pequenas, até 2 anos. Isso porque o canal que liga o ouvido ao fundo do nariz é mais curto e horizontal, facilitando a entrada de bactérias. O que ajuda a diminuir a incidência da infecção é fazer a higiene do nariz (porta de entrada de vírus e bactérias) com soro fisiológico. “Em geral, a criança nessa faixa etária pode ter uma ou duas infecções no ouvido por ano – mais do que isso é preciso investigar. Mas não é preciso se preocupar. Faz parte do desenvolvimento”, afirma Fabrizio.

Revista Crescer

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Mitos sobre o diabetes


De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês), 285 milhões de pessoas sofrem da doença, no mundo todo. Para boa parte desse enorme contingente, no entanto, assim como seus familiares, o diabetes ainda é um mal envolto em mitos, verdades e meias verdades. Para esclarecer alguns deles, o Espaço Saúde ouviu três especialistas do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE): dr. Simão Lottenberg, dr. Rogério Silicani Ribeiro e a enfermeira Magda Tiemi Yamamoto.

A doença pode se manifestar de duas formas. Geralmente sim. O diabetes tipo 1 se instala quando o pâncreas, após uma agressão do sistema imunológico, deixa de fabricar insulina. Já o diabetes tipo 2, mais comum, pode ocorrer na presença de gordura abdominal excessiva, que libera substâncias inflamatórias tóxicas e prejudiciais à ação da insulina.
O diabetes pode se desenvolver de forma assintomática. Sim. Os sintomas só aparecem quando a concentração de glicose no sangue está muito elevada. Por isso, pessoas com fatores de risco, como obesidade, hipertensão, sedentarismo, histórico familiar da doença, antecedente de diabetes gestacional ou filhos nascidos com mais de 4 quilos, devem fazer regularmente dosagem de glicemia.
O diabetes tipo 1 é mais grave que o tipo 2. Não. A gravidade do diabetes não depende do tipo. Quando controlado, tanto o tipo 1 quanto o tipo 2 são compatíveis com uma boa qualidade de vida. A diferença é que o uso da insulina começa mais cedo para controlar o diabetes tipo 1, que ocorre em idade mais precoce que o tipo 2.
O tipo 1 atinge apenas jovens e o tipo 2 apenas adultos. Não. Apesar de ser mais comum em crianças e adolescentes, o tipo 1 acomete também adultos. O tipo 2, por sua vez, em geral vinculado ao ganho de peso e associado ao aumento de colesterol e hipertensão, vem ocorrendo cada vez mais entre jovens, incluindo crianças e adolescentes, devido ao progressivo ganho de peso e sedentarismo da população.
O aumento de peso pode levar ao diabetes. Sim. Em pessoas com risco elevado da doença, o consumo excessivo de carboidratos pode resultar em ganho de peso e aumento da taxa de glicose, desencadeando o diabetes tipo 2. O segredo da prevenção é consumir uma quantidade de alimentos proporcional ao gasto energético do dia, com porções de carboidratos equilibradas em relação aos outros nutrientes.
Evitar açúcar significa controlar o diabetes. Não. Além de alimentação saudável e atividade física, o controle pode ser feito por meio de medicações orais, para aumentar a produção ou melhorar a ação da insulina, e reposição de insulina, conforme a indicação médica individualizada.
Ao engravidar, mulheres que nunca tiveram problemas de glicemia podem desenvolver o diabetes. Mulheres que possuem antecedentes de diabetes na família e nasceram com mais de 4 quilos ou tiveram filhos com mais de 4 quilos podem desenvolver diabetes gestacional com a elevação da taxa de hormônios relacionados à gravidez, que dificultam a ação da insulina. O distúrbio aumenta o risco de complicações para a mãe e o feto, mas pode ser prevenido com orientação nutricional e atividade física para controle de peso, conforme recomendação individualizada do ginecologista.
O excesso de glicose faz com que o diabético tenha muita sede. Sim. A alta quantidade de glicose faz com que o sangue retenha mais água das células, por meio de um fenômeno chamado osmose. Sem água, células e tecidos ficam desidratados, aumentando a necessidade de reposição de líquidos.
A disfunção sexual em diabéticos está ligada ao uso de insulina. Não, ao contrário. A insulina, quando necessária, controla o diabetes, evitando complicações. Em geral, a impotência em pessoas com diabetes está ligada ao descontrole da doença

Fonte: hospital Albert eisntein