quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Pais preferem ter meninos, mães querem meninas. Será?

Quer um menino ou uma menina? Você deve ter ouvido essa pergunta enquanto estava grávida. E talvez tenha respondido: o que importa é ser saudável, não? Mas se, lá no fundo, você queria uma menina, fique tranquila em admitir. Não é a única! Cientistas da Queen’s University, no Canadá, decidiram investigar se havia mesmo alguma tendência na preferência dos pais pelo sexo das crianças. Para isso, entrevistaram 2000 estudantes da universidade. Os resultados apontaram que os homens preferem, de fato, ter filhos meninos e as mulheres, meninas. Os pesquisadores fizeram três perguntas aos jovens. A primeira foi sobre a preferência de gênero do primeiro filho. Depois, se ficariam mais felizes tendo mais filhos do sexo masculino ou do feminino. Por último, apuraram qual seria a predileção se gerassem um filho único. Lembrando que, em todos os casos, os alunos poderiam responder com a expressão “tanto faz”. Concluir qual a razão da preferência pelo gênero da criança é uma tarefa difícil: há causas culturais e econômicas interligadas. “Em algumas culturas, há a maior valorização do sexo masculino”, explica Ida Kublikowski, professora da Faculdade de Psicologia da PUC-SP. Em países asiáticos, como Índia, China e Vietnã, é comum que os pais abominem a ideia de ter uma menina. Além de arcar com os custos do dote quando a filha se casa, acreditam que a força de trabalho masculina seja mais eficaz. Já alguns homens querem bebês meninos para perpetuar o próprio nome, observa a especialista. E por que, então, as mulheres prefeririam as meninas? A resposta gera muitas especulações. Compartilhar a experiência da gravidez com a filha ou ter mais intimidade são algumas possíveis explicações. Os cientistas acreditam, ainda, que gerar um filho do sexo feminino atualmente, considerando os benefícios conquistados pelas mulheres após a segunda metade do século XX, seria outra razão. Claro que também há uma questão de afinidade. “Pelo que observo na clínica, as mulheres desejam ter filhas por achar mais fácil educá-las”, relata a professora Ida. “Seria um território conhecido.” Em resumo, o que definiria essas preferências, para a psicóloga, além dos valores culturais, estariam histórias de vida pessoal e o contexto em que o casal está inserido. Sabemos, porém, que a pesquisa não responde por todos os pais e mães. Há homens que, se pudessem escolher, teriam apenas filhas mulheres e vice-versa. Tem aqueles, inclusive, que mudam de ideia assim que ficam sabendo do sexo do bebê no ultrassom. Afinal, cada filho é único e, ao observar os laços entre pais e filhas, mães e meninos, o gênero realmente é só mais um detalhe. E o que a gente mais quer mesmo é que sejam saudáveis e felizes! Fonte: Revista Crescer

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